segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O Amor por entre o verde.

Não é sem freqüência que, à tarde, chegando à janela, eu vejo um casalzinho de brotos que vem namorar sobre a pequenina ponte de balaustrada branca que há no parque. Ela é uma menina de uns 13 anos, o corpo elástico metido nuns blue jeans e num suéter folgadão, os cabelos puxados para trás num rabinho-de-cavalo que está sempre a balançar para todos os lados; ele, um garoto de, no máximo, 16, esguio, com pastas de cabelo a lhe tombar sobre a testa e um ar de quem descobriu a fórmula da vida. Uma coisa eu lhes asseguro: eles são lindos, e ficam montados, um em frente ao outro, no corrimão da colunata, os joelhos a se tocarem, os rostos a se buscarem a todo momento para pequenos segredos, pequenos carinhos, pequenos beijos. São, na sua extrema juventude, a coisa mais antiga que há no parque, incluindo velhas árvores que por ali espapaçam sua verde sombra; e as momices e brincadeiras que se fazem dariam para escrever todo um tratado sobre a arqueologia do amor, pois têm uma tal ancestralidade que nunca se há de saber a quantos milênios remontam.

Eu os observo por um minuto apenas para não perturbar-lhes os jogos de mão e misteriosos brinquedos mímicos com que se entretêm, pois suspeito de que sabem de tudo o que se passa à sua volta. Às vezes, para descansar da posição, encaixam-se os pescoços e repousam os rostos um sobre o ombro do outro, como dois cavalinhos carinhosos, e eu vejo então os olhos da menina percorrerem vagarosamente as coisas em torno, numa aceitação dos homens, das coisas e da natureza, enquanto os do rapaz mantêm-se fixos, como a perscrutar desígnios. Depois voltam à posição inicial e se olham nos olhos, e ela afasta com a mão os cabelos de sobre a fronte do namorado, para vê-lo melhor e sente-se que eles se amam e dão suspiros de cortar o coração. De repente o menino parte para uma brutalidade qualquer, torce-lhe o pulso até ela dizer-lhe o que ele quer ouvir, e ela agarra-o pelos cabelos, e termina tudo, quando não há passantes, num longo e meticuloso beijo.

Que será, pergunto-me eu em vão, dessas duas crianças que tão cedo começam a praticar os ritos do amor? Prosseguirão se amando, ou de súbito, na sua jovem incontinência, procurarão o contato de outras bocas, de outras mãos, de outros ombros? Quem sabe se amanhã quando eu chegar à janela, não verei um rapazinho moreno em lugar do louro ou uma menina com a cabeleira solta em lugar dessa com os cabelos presos?

E se prosseguirem se amando, pergunto-me novamente em vão, será que um dia se casarão e serão felizes? Quando, satisfeita a sua jovem sexualidade, se olharem nos olhos, será que correrão um para o outro e se darão um grande abraço de ternura? Ou será que se desviarão o olhar, para pensar cada um consigo mesmo que ele não era exatamente aquilo que ela pensava e ela era menos bonita ou inteligente do que ele a tinha imaginado?

É um tal milagre encontrar, nesse infinito labirinto de desenganos amorosos, o ser verdadeiramente amado... Esqueço o casalzinho no parque para perder-me por um momento na observação triste, mas fria, desse estranho baile de desencontros, em que freqüentemente aquela que devia ser daquele acaba por bailar com outro porque o esperado nunca chega; e este, no entanto, passou por ela sem que ela o soubesse, suas mãos sem querer se tocaram, eles olharam-se nos olhos por um instante e não se reconheceram.

E é então que esqueço de tudo e vou olhar nos olhos de minha bem-amada como se nunca a tivesse visto antes. É ela, Deus do céu, é ela! Como a encontrei, não sei. Como chegou até aqui, não vi. Mas é ela, eu sei que é ela porque há um rastro de luz quando ela passa; e quando ela me abre os braços eu me crucifico neles banhado em lágrimas de ternura; e sei que mataria friamente quem quer que lhe causasse dano; e gostaria que morrêssemos juntos e fôssemos enterrados de mãos dadas, e nossos olhos indecomponíveis ficassem para sempre abertos mirando muito além das estrelas.

Livro: Para Viver Um Grande Amor / por: Vinícius de Moraes.


quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Livro de Tiago 5:

7. Portanto, irmãos, sede pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba as primeiras e as últimas chuvas.

8. Sede vós também pacientes; fortalecei os vossos corações, porque a vinda do Senhor está próxima. 

9. Não vos queixeis, irmãos, uns dos outros, para que não sejais julgados. Eis que o juiz está à porta. 

10. Irmãos, tomai como exemplo de sofrimento e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor. 

11. Eis que chamamos bem-aventurados os que suportaram aflições. Ouvistes da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu, porque o Senhor é cheio de misericórdia e compaixão. 

- Bíblia JFA Offline

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Parte do diálogo entre as personagens Samara e Aruna, novela A Terra Prometida exibida dia 09/08/2016.

S - ... eu sinto uma dor, um vazio e eu não sei o que é. É como se tivesse faltando alguma coisa.
A - Deus! Está faltando Deus em sua vida.
S - Mas, eu faço as minhas orações e cumpro os rituais.
A - Não adianta crer em Deus e viver como se não acreditasse nele.
S - Como assim?
A - Se você vive sua fé, você confia, você perdoa e você faz o bem ao seu próximo. A fé tem que ser prática, se não é só da boca pra fora.

Bíblia:
Tiago 2:17 
Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.

Uma prece por aqueles que podem, mas não querem viver.


Existe uma ânsia de viver em cada ser humano, 
principalmente quando o fim da vida se aproxima. 
Como posso ver isso?

Basta olhar nos bastidores dos hospitais de câncer das cidades, ou nas alas dos hospitais que abrigam pessoas com doenças terminais, o tanto de gente que espera um milagre, e estes são apenas alguns dos exemplos.

A Terra é habitada por tantos seres sem conexão entre si
uns lutam pra viver
outros pulam das sacadas ainda cheios de vida

Dois extremos absolutos que não se cruzam
Do contrário um indivíduo que iria viver a segunda situação
Certamente salvaria sua vida se tivesse conhecido o primeiro antes de pular 

Deus, pai de misericórdia, compadece-te destes que querem tirar a própria vida, leva-os a verem aqueles que querem viver e estão definhando dia-a-dia. Suplico-te em Nome de Jesus Cristo. Amém!

Trago um lamento no peito, que nem posso expressar, o tempo não volta.
A vida segue em frente ... segue sempre qual rio incansável.
Nem posso chorar
Preciso seguir como o rio
Izabel Almeida

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

—Deus não pode ser persuadido a fazer o que nós queremos que Ele faça. O favor de Deus não pode ser comprado, trocado ou manipulado —continuou o pregador. —Então se você pensa que colocar a sua melhor roupa de domingo e um sorriso indiferente no rosto o impressiona, você está enganando a si mesmo. E todos nós sabemos que podemos enganar a nós mesmos, mas você e eu não podemos manipular a mão de Deus. Ele procura por aqueles que o buscam de todo o coração, e faz coisas incríveis em suas vidas. Então tudo se resume a isto: ou o buscamos verdadeiramente, ou não.
Trecho do Livro Quarto de Guerra/ Chris Fabry.

domingo, 7 de agosto de 2016

Sempre em meu coração

Sempre em meu coração

Não vejo outra razão de viver senão pela graça do meu Senhor, minha existência está baseada nas palavras que foram proferidas do seu coração.

Gal. 6:7 "Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá."

É por esta certeza que eu aprendi perdoar e amar. 

Como está escrito, eu creio que cada um irá responder pelos seus atos, assim como respondo pelos meus todos os dias.

Vivo meus dias como sou, cada um como se fosse o último, por isso não posso perder a oportunidade de lançar as sementes que me foram entregues.

Não sou muito de palavras, os atos me são mais eficazes.